05 dezembro 2008

SERRA DA CABREIRA

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-----Finalmente lá aconteceu, adormeci profundamente a sonhar com belos vales e acabei por me atrasar, obrigando o Gigantones a uma espera de quase uma hora.

-----Isto porque desta vez o transporte utilizado ia ser o meu carro, já que a Ford quer chular o gigantones a comprar um novo encaixe para o suporte do carro, quando ele apenas precisa de uma borracha que arrebentou do dito encaixe..enfim.
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-----Este passeio vem provar um pouco da injustiça do titulo atribuído ao gigantones de campeão de inverno nas desculpas para se baldar aos passeios de bike, porque mais uma vez outros elementos que se encontravam de ferias ou de folga, arranjaram um pretexto da treta para fugir ao frio da serra.
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-----Pelas 09h10, chegamos à vila de Vieira do Minho, no distrito de Braga, limitada a norte pelo município de Terras de Bouro, a norte e leste por Montalegre, a sueste por Cabeceiras de Basto, a sul por Fafe, a sudoeste por Póvoa de Lanhoso e a noroeste por Amares.
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-----Começamos a pedalar as 09h45, com saída junto do quartel dos bombeiros, com um percurso que nos levava a passear pela Serra da Cabreira, elevação com 1262 metros de altitude.
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-----Quatro quilómetros volvidos deixamos o asfalto para entrar num estradao em terra sempre a subir e ao lado de um rio, que não sei dizer se era o Avé ou o Saltadouro.
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-----Uns metros mais à frente, junto de uma casa da Guarda Florestal, que para variar se encontra abandonada, inicia o Trilho pedestre denominado de Turio, homologado de pequena rota, cujo traçado se realiza numa verdadeira floresta, com o mesmo nome.



-----Para quem ficou em casa com medo do frio convém dizer que não choveu, a temperatura era suportável, pena foi o céu estar enevoado, estragando dessa forma um pouco a fantástica vista do alto da serra.
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....................................................................................................foto neve:vilaruivães.blogspot.com
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-----Depois de alguns dez km a subir, por entre pinheiros, que dava para imaginar uma paisagem fantástica vê-los todos de branco, chegamos junto do miradouro, que pelos motivo indicados não foi possível tirar fotos.
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-----Neste local encontramos pequenos bocados de neve e ainda uma placa de sinalização em madeira, com indicação de um mais um trilho pedestre e outro de btt, com um símbolo amarelo que nunca tinha visto.
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-----A seguir descemos até perto da localidade de Espindo, onde em conversa com um habitante ficamos a saber que a região esteve coberta de neve durante 4 dias seguidos, tendo desaparecido com a chuva na quarta-feira.
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-----O passeio todo fomos sempre acompanhados de águas a correr pelos montes abaixo, formando cascatas a cada passo.
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-----Os ruídos que se ouviam eram nossos a conversar e nos sítios mais difíceis a respirar, pois falar não era fácil, da bicicleta e em algumas ocasiões do vento.
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-----Antes de chegar a localidade de Zebral, passamos por uma das maiores cascatas de água.
-----Em Linharelho o Gigantones teve de se controlar para não tocar a rebate o sino da capela da aldeia, ficando-se apenas pela foto e por um ligeiro toque. .
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Uns metros mais à frente começamos novamente a subir para a serra da Cabreira, coisa pouca, mas sempre acompanhados por muitas árvores e água.

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Outro facto próprio da natureza, mas neste caso não passou despercebido, porque o caminho em alguns sitios estava minado de excrementos de gado bovino, tendo num pequeno troço sido impossível seguir viagem sem passar por cima da bosta e
de olho nas vacas, para não ser atacado...
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-----Por esta altura íamos com 30 km, mais ou menos 10 km por hora, que estava razoável para chegar a Viera do Minho a horas de tomar banho e do Jorge chegar a tempo do trabalho às 19h00, em Vila Nova de Gaia.
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-----Tão depressa falávamos desse facto, que logo de imediato fomos confrontados com um contratempo que iria baixar drasticamente à média.
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-----O estradão em que seguíamos terminou, passando a ser feito por um outro novo, que estava ainda em fase de arranjo, tornando quase impraticável pedalar, ou só com muito esforço é que avançamos esses quilómetros devido a lama. Assim esses cerca de 5 ou 8 km foram feitos em quase uma hora.

-----No topo da subida com 1000 metros de altitude, voltamos a ver pequenos bocados de neve.

-----Finalmente lá veio uma descida, com alguma pedra à mistura e árvores caídas no solo.
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-----Infelizmente foi curta.
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-----Depois entramos noutro trilho pedestre, coisa abundante para estes lados, mas com espaço suficiente para percorrer em btt e sem grandes dificuldades, mas muito interessante.

-----Lá começou a subida novamente para a serra da Cabreira sendo possível ver bocados de neve no cume da montanha.
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-----Cada vez mais se tornava difícil a subida, devido ao esforço extra no estradão enlameado.
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-----Quando chegamos novamente aos 1000mt, pelas 15h00 e com 42km, o Jorge viu uma placa em madeira de sinalização com a indicação de Vieira, e como devia estar a pensar que se continuássemos o caminho previsto ia chegar atrasado ao trabalho, decidiu que não devíamos seguir essa direcção, porque seria mais rápido por ali, mesmo sem saber onde íamos parar.
A diabolic na neve

-----E lá fomos nos descendo, até que me apercebo que acabamos por cruzar com o caminho que tínhamos feito, mas que o Gigantones não tinha reparado, pois estava entretido a tirar fotografias ao Marito de Miragaia, que afinal tinha saído de casa, para vir até ao campo passear com umas amigas.
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-----Eu não o vi em lado nenhum, mas também já estava "cego", pois só nos restava regressar a Vieira do Minho pelo mesmo caminho que tínhamos feito.
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-----O artista ainda perguntou a alguns moradores mas de nada lhe adiantou e teve de levar comigo a infernizar-lhe a vida, mas por pouco tempo, porque ele estava em grande forma e andava sempre à minha frente.
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-----Em Zebral paramos para tomar um café e mais dois dedos de conversa com as moradoras acerca do caminho, do local e da neve dos últimos dias.
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O stress do homem era tanto que foi o caminho todo na frente a puxar por mim, mas ainda tive de fazer nova paragem para novo reforço alimentar.
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Nem imaginam o que me custou ter de repetir o trajecto.
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Quando acabamos de subir e chegamos à estrada acabou-se o cansaço, porque era sempre a descer e sem carros...foi sempre a dar-lhe.
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-----Chegamos ao carro, pelas 16h45, com o Gigantones a fazer uma peixeirada no café onde tínhamos estado de manhã, porque pensava que tinha ali deixado umas lentes dos óculos, mas afinal tinha-as levado na mochila....que vergonha!
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-----Fomos lavar as bikes e seguimos para o posto da GNR, que gentilmente nos deixaram tomar um banhinho, que caiu que nem ginja.
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A seguir arrancamos para o Porto, desta vez sem direito a lanche tal era a pressa.
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O que Jorge se tinha esquecido foi do trânsito de sexta-feira no Porto, por isso acabou por chegar atrasado, mas não vou divulgar o tempo...


DADOS DO PERCURSO:

cota/ altimetria - 207mt. a 1071mt.
extensão - 68km
duração - 5h25
grau dificuldade - média (com lama media alta)
tipo de percurso - paisagístico/panorâmico/arqueológico
tipo de terreno - estradão em terra batida, sem grandes dificuldades técnicas
tipo de itinerário - circular, mas neste caso ida e volta pelo mesmo caminho
pontos de interesse:

vários trilhos pedestres, património natural extenso com paisagens deslumbrantes, igrejas, espigueiros, pontes, quedas de água e a gastronomia local (vitela barrosã, embora desta vez não a tenha provado).

Serra da Cabreira

1 comentário:

Anónimo disse...

OS AMIGINHOS CONTINUAM COM OS PASSEIOS, MAS NÃO AVISAM NINGUÉM.
DEVE FAZER PARTE DOS TREINOS SECRETOS....